A obstetrícia, essa especialidade tão importantes na medicina, hoje está cada vez mais responsável em atender as reais necessidades das mulheres. Vemos a crescente preocupação com o maior bem estar, tanto da criança quanto da mãe. A consciência vem aumentando a exemplo do estímulo do parto natural, ao invés da cesariana. Cuidados e atenções já considerados ultrapassados estão sendo revistos e novamente incorporados.
Atualmente temos pouquíssima noção da verdadeira responsabilidade em gerar um novo ser humano. Desconhecemos todas as implicações que acarretaria para as consciências, o casal, o grupo familiar, a sociedade em geral e para o planeta em que vivemos. O ideal, nós sabemos, seria das mulheres ter preparo anterior à gestação bem como os homens, que tem sua responsabilidade como genitores, o que ainda está distante de acontecer. É um ciclo imenso, com início, meio e fim. Como progenitores, já temos certo controle sobre este novo ser no período antes da gravidez, durante a gestação e nas várias fases que cada indivíduo irá seguir.
Avaliemos que a fase em que poderíamos realmente fazer algo com controle seguro seria muito antes da preparação para a gravidez, cuidando do espírito, da mente e do corpo, pois repassamos absolutamente tudo que temos. Desta forma as gerações seriam cada vez mais saudáveis e harmonizadas.
Se tivéssemos a cultura desse cuidado, praticamente não existiriam problemas de obstetrícia e os poucos seriam sanados naturalmente, sem alterações durante a gravidez, com parto saudável e o puerpério normal. Atualmente, os problemas vêm aumentando significativamente, principalmente no Brasil, devido ao nosso regime de vida, as contaminações da alimentação e todo o conjunto da vida moderna. Fico cada vez mais impressionada com a quantidade de mulheres que estão com dificuldades em engravidar, sem aparentemente apresentar nenhum problema físico.
Isso acontece mais facilmente em determinadas personalidades ligadas à complexidades genéticas e epigenéticas, ou seja, se a pessoa possui certas predisposições de heranças que dizem respeito a toxinas bem mais específicas que geram determinadas características bem pontuais.
É por esse motivo que as clínicas de reprodução assistida aumentaram muito nas últimas décadas, porque as complicações se multiplicaram em ritmo super acelerado e sem maiores perspectivas de algum tratamento que vise o reequilíbrio ou o reencontro com a simplicidade, seguindo as leis da natureza.
Se não houver mudança nos parâmetros atuais, de forma radical, a maneira como estamos tentando responder aos problemas irá gerar cada vez mais comprometimentos também a nível hormonal na geração seguinte, o que poderia ser cada vez mais agravado com diabetes, cânceres, doenças autoimunes, etc já em tenra idade.
Desta forma, vemos aquele fatídico caminho de úteros artificiais em substituição ao humano.
A Homeopatia, de maneira simples, ajuda a natureza humana a recuperar sua forma mais original e harmonizada possível para que, pelo menos a reprodução, se estenda da forma a mais natural e saudável.
Prof.ª Eliete M M Fagundes